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DEFINIÇÃO

A orientação pelas estrelas é um dos métodos naturais mais antigos, em todas as civilizações. As constelações mais usadas pelos Escoteiros, no hemisfério norte são a Ursa Maior, Ursa Menor, Orion e a Cassiopeia. No hemisfério sul é mais usado a orientação pelo Cruzeiro do Sul

Durante a noite, a orientação pelas estrelas é a mais utilizada na ausência de outro dispositivo ou equipamento. No hemisfério Norte, a identificação da Estrela Polar é essencial, de modo a estabelecer a direção dos vários pontos cardeais, sendo da maior importância que não haja dúvidas quanto à sua identidade.

As duas constelações essenciais à identificação da Estrela Polar, são a Ursa Maior e a Ursa Menor, em cuja extremidade se se encontra a estrela que indica o Norte. Pelas sua dimensão e visibilidade, a determinação da localização da Estrela Polar parte da identificação da Ursa Maior, sendo a partir das duas estrelas na sua extremidade inferior, designadas por "guardas", que mais facilmente se identifica a Ursa Menor.

A distância entre as "guardas" deve ser prolongada cinco vezes no sentido oposto à da "cabeça" da Ursa de modo a obter a localização da Estrela Polar, a qual deve ser confirmada através da configuração própria da Ursa Menor, constelação onde esta se encontra.

URSA MAIOR

A Ursa Maior é uma das constelações que mais facilmente se identifica no céu. Tem forma de uma caçarola, embora alguns povos antigos a identificassem como uma caravana no horizonte, bois atrelados, uma concha e mesmo um homem sem uma perna. O par de estrelas Merak e Dubhe formam as chamadas "Guardas", muito úteis para se localizar a Estrela Polar. Curiosamente, existem duas estrelas (Mizar e Alcor) que se confundem com uma apenas, mas um bom observador consegue distingui-las a olho nú.

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URSA MENOR

A Ursa Menor, ligeiramente mais pequena que a Ursa Menor, é também mais difícil de indentificar, principalmente com o céu ligeiramente nublado, uma vez que as suas estrelas são menos brilhantes. A sua forma é idêntica à da Ursa Maior. Na ponta da sua cauda fica a Estrela Polar, bastante mais brilhante que as outras estrelas, e fundamental para a orientação. Esta estrela tem este nome precisamente por indicar a direcção do Polo Norte. As restantes constelações rodam aparentemente em torno da Estrela Polar, a qual se mantém fixa.

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ORION OU ORIENTE

A constelação de Orion (ou Orionte) é apenas visível no Inverno, pois a partir de Abril desaparece a Oeste, mas é muito facilmente identificável. Diz a mitologia que Orion, o Grande Caçador, se vangloriava de poder matar qualquer animal. O terrível combate que travou com o Escorpião levou os deuses a separá-los. A constelação de Escorpião encontra-se realmente na região oposta da esfera celeste, daí nunca se conseguirem encontrar estas duas constelações ao mesmo tempo acima do horizonte. A constelação de Orion parece, assim, um homem, sendo as estrelas Saiph e Rigel os pés. Ao meio aparecem 3 estrelas em linha recta, que se reconhecem imediatamente, dispostas oblíquamente em relação ao horizonte. Este trio forma o Cinturão de Orion, do qual pende uma espada, constituída por outras 3 estrelas, dispostas na vertical. Prolongando uma linha imaginária que passe pela estrela central do Cinturão de Orion, passando pelas 3 estrelas da cabeça, vamos encontrar a Estrela Polar.


COMO ORIENTAR-SE PELAS ESTRELAS

Se traçarmos uma linha imaginária que passe pelas duas «Guardas» da Ursa Maior, e a prolongarmos 5 vezes a distância entre elas, iremos encontrar a Estrela Polar. A figura ilustra este procedimento, e mostra também o sentido de rotação aparente das constelações em torno da Estrela Polar, a qual se mantém fixa. Se prolongarmos uma linha imaginária passando pela primeira estrela da cauda da Ursa Maior (a estrela Megrez) e pela Estrela Polar, numa distância igual, iremos encontrar a constelação da Cassiopeia, em forma de "M" ou "W", a qual é facilmente identificável no céu. Assim, a Cassiopeia e a Ursa Maior estão sempre em simetria em relação à Estrela Polar. Para obter o Norte, para nos orientarmos de noite, basta descobrir a Estrela Polar. Se a «deixarmos cair» até ao horizonte, é nessa direcção que fica o Norte.


ORIENTANDO-SE PELO CRUZEIRO DO SUL

Para encontrar o Cruzeiro do Sul você pode recorrer a outras duas estrelas, muito brilhantes, conhecidas como guardiãs da cruz. Elas estão sempre próximas do Cruzeiro do Sul, como se estivessem guardando a cruz e apontando sua direção: a estrela azul é chamada Beta do Centauro e a amarela, Alfa do Centauro. Depois que você tiver encontrado o Cruzeiro do Sul, basta prolongar o braço maior da cruz quatro vezes e meia e traçar uma linha imaginária até o horizonte que você encontrará o Sul. Desta forma, atrás de você estará o Norte, à direita o Oeste, e à esquerda o Leste. Cuidado ! Não adianta prolongar o braço da cruz até o horizonte, pois você não encontrará o sul. O que você deve fazer é medir quatro vezes e meia a partir do pé da cruz e, aí, descer para o horizonte onde estará o sul. Quatro vezes e meia a medida do braço maior da cruz (utilize os dedos, com o braço esticado e usando seu olho apontador, ou seja, fechando um deles).


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